domingo, 31 de agosto de 2014

Quem lucra com a guerra na Ucrânia? Os EUA!

Vladimir Putin parece ter caído na armadilha que os EUA lhe estenderam na Ucrânia. Ao contrário do que muitos pensam, os EUA ainda têm uma elite capaz e inteligente, basta recordar a estratégia brilhante que levou ao colapso da União Soviética em 1991. A Rússia, apesar do abandono miserável de aliados como o Iraque, a Líbia ou a Síria, ganhava força no panorama europeu, aproximando-se até de grandes como a França e a Alemanha. Muitas forças nacionalistas/patrióticas europeias admiravam a Rússia e falava-se até numa aliança Europa-Rússia. A revolta despoletada pelos EUA na Ucrânia só podia ter um fim e os EUA sabiam-no. A Rússia teria de intervir de alguma forma para proteger os seus interesses que considera vitais. Depois da secessão da península da Crimeia, explodiu o industrializado e rico Sul da Ucrânia onde a maioria da população é de etnia russa, com ajuda directa ou indirecta da Rússia. O resultado: por todo o mundo e em especial na Europa aumentam os críticos de Putin e da Rússia; a maioria dos países da extinta URSS e os do desaparecido Pacto de Varsóvia lembram-se do tempo da União Soviética e aproximam-se da OTAN, receosos do poderio russo, e a Europa no geral é empurrada de novo para os braços dos EUA, dos quais pareciam estar a afastar-se lentamente, visto que os EUA são os únicos com capacidade para fazer frente a uma Rússia potencialmente agressiva. De uma só vez os EUA conseguem um forte isolamento da Rússia, duras sanções económicas contra aquele país, um afastamento das elites europeias de Moscovo, um fortalecimento da ideia da OTAN, um novo fôlego do seu ascendente sobre a Europa e a divisão cada vez mais profunda das forças nacionalistas/patriotas europeias que já se combatem de facto na Ucrânia!

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